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O roteamento é a técnica que define por meio de um conjunto de regras como os dados originados em uma determinada rede devem alcançar outra, esteja ela diretamente conectada no roteador ou mesmo bem longe, a muitos saltos de distância. É inegável que essa é uma das tarefas mais importantes para os profissionais da área de redes, afinal, sem roteamento, não haveria comunicação entre as sub-redes de uma empresa, e a Internet seria impraticável.

Cabe ao roteador, seja ele uma caixa especificamente projetada para esse fim ou mesmo um computador com várias interfaces de rede, fazer o direcionamento de pacotes entre as diversas redes. O roteador utiliza informações manualmente configuradas pelo administrador (roteamento estático) ou automaticamente aprendidas por protocolos de roteamento dinâmico para manter atualizada sua tabela interna de rotas, o que o torna capaz de determinar o melhor caminho.

No roteamento estático o roteador somente conhece as rotas e sub-redes por meio da configuração manual das informações pelo administrador. Sua principal vantagem é que essa técnica consome menos recursos de processamento do roteador e implica em menos tráfego na rede, afinal, não existe nenhum protocolo de roteamento em execução. Por outro lado, sua desvantagem é que sua configuração manual pode ficar totalmente inviável à medida que a rede cresce, uma vez que qualquer alteração no ambiente da inter-rede requer a reconfiguração manual dos roteadores.

No roteamento dinâmico, as informações de rotas são automaticamente aprendidas por meio da troca de mensagens entre os roteadores, sendo que os protocolos de roteamento dinâmico podem ser enquadrados em dois tipos, a saber: interno (IGP) ou externo (EGP). O roteamento interno (IGP) é aquele praticado dentro de uma empresa ou organização, enquanto que o roteamento externo (EGP) é utilizado no contexto da Internet entre Sistemas Autônomos.

Para exemplificar na prática o processo de configuração de roteamento estático e dinâmico em redes baseadas no IPv6, elaborei duas videoaulas sobre o assunto, ambas baseadas em equipamentos da Cisco®. A primeira videoaula apresenta em detalhes o cenário utilizado como base para as configurações, oportunidade em que também são apresentados conceitos importantes sobre redes IPv6.

É sempre válido destacar que a RFC 4291 recomenda que os prefixos IPv6 jamais devem ultrapassar a fronteira /64 nas redes locais para assegurar o funcionamento correto do mecanismo de autoconfiguração dos hosts. Observem, no entanto, que os roteadores estão conectados entre si por meio de links ponto-a-ponto /127, uma recomendação da RFC 6164. Utilizando um prefixo /127 fica sobrando um único bit para identificar hosts, o que permite apenas dois endereços nas pontas (o que é muito conveniente).

A prática de configuração de roteamento estático é abordada na primeira videoaula, enquanto que as práticas de configuração de roteamento dinâmico (IGP) são abordadas na segunda videoaula. Espero que as videoaulas possam colaborar com o processo de disseminação do IPv6 para a comunidade técnica envolvida no processo de configuração de roteamento em redes baseadas no novo protocolo da Internet.

Fonte: Adaptado de BRITO, Samuel Henrique Bucke. IPv6 - O Novo Protocolo da Internet. 1a. Edição. Editora Novatec. São Paulo. 2013.

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