Ir para o conteúdo
Ir para o conteúdo
Logo NIC.br Logo CGI.br

FAQ

Questões Gerais

IP é a abreviação, em inglês, de Protocolo Internet. Um protocolo nada mais é do que a definição do conjunto de regras e códigos utilizados pelos computadores para se comunicarem em uma rede. No Protocolo Internet, uma dessas regras diz que cada um deles deve ser identificado de maneira unívoca, através de um número, que também leva o nome de IP. Não pode haver mais de um computador usando o mesmo IP em toda a Internet, o que permite que os dados sejam sempre encaminhados ao destino correto.
Pode-se fazer uma analogia entre o número (ou endereço) IP e o endereço, no mundo real e físico, de uma casa. Assim, o protocolo IP pode também ser comparado ao conjunto de regras de trânsito, mapas e sinalização que permitiriam a alguém chegar a esse local.
IPv6 é abreviação de Internet Protocol version 6 ou, em português, Protocolo Internet versão 6.
Pode-se dizer que um protocolo consiste num conjunto de regras que permitem a comunicação entre dispositivos. Grosso modo, protocolo é uma “linguagem”. O Protocolo Internet, ou IP, foi criado para permitir a comunicação entre diferentes redes de computadores. O IPv4 tem sido usado na Internet desde 1983.
O IPv6 é o sucessor do IPv4. Ele foi desenvolvido ao longo da última década com essa finalidade. Hoje ele é um protocolo maduro, com algumas vantagens em relação ao IPv4, e suportado pelos principais equipamentos e programas de computador. Sua implantação na Internet já está em andamento.
Prevê-se que ambos, IPv4 e IPv6, funcionem lado a lado na Internet por algum tempo. Mas, a médio ou longo prazo, o IPv6 substituirá o IPv4.
Se compararmos o endereço IP com o endereço de uma casa, com a adoção do IPv6 será como se todas as casas ganhassem um número novo, mas diferente do antigo. Por exemplo, que fosse, ao invés de um número simples, um código baseado em números e letras. Dessa forma as casas teriam ainda seu número antigo e o novo código: eles não se misturariam ou se confundiriam, porque seriam diferentes. Ambos poderiam ser usados para se chegar a um determinado destino… Quando todas as casas recebessem o novo código o antigo poderia, finalmente, ser deixado completamente de lado, pois não teria mais utilidade.
Uma característica importante do Protocolo Internet, é que cada dispositivo ligado à rede deve possuir um identificador único, que normalmente é chamado de endereço IP, ou número IP. Na Internet, esses números são controlados centralmente, e a entidade responsável é a IANA (Internet Assigned Numbers Autority).
O IPv6 é necessário porque os endereços livres no IPv4 estão se acabando. Eles esgotaram-se na IANA, que é o estoque central, em 2011. A IANA redistribui os números para entidades regionais, que por sua vez, fazem o mesmo para entidades nacionais, ou os designam diretamente para usuários finais. Por exemplo, a IANA assinala um bloco de números para o LACNIC, que é a entidade responsável pela distribuição na América Latina e no Caribe. O LACNIC assinala uma parte desse bloco para o NIC.br, que é o responsável por distribuí-lo no Brasil. Finalmente, o NIC.br designa blocos de endereços IP para os usuários finais ou provedores Internet. Em 2020, o Lacnic designou o seu último bloco disponível de endereços IPv4, restando agora uma lista de espera que pode ser conferida em https://www.lacnic.net/6336/3/lacnic/lista-de-espera-para-receber-enderecos-ipv4 .

Sem novos números IP fica muito complicado conectar novos usuários à Internet. Seu crescimento, então ficaria muito prejudicado.
No IPv6 a quantidade de endereços disponível é muito maior que no IPv4. Esses endereços deixarão, então, de ser um recurso crítico, pois estarão disponíveis de forma abundante. Isso permitirá a continuidade do crescimento da Internet.
A Internet não foi projetada para ser o que é atualmente. Em 1983, ela era uma rede predominantemente acadêmica com pouco mais do que 100 computadores conectados. Seu sucesso, contudo, fez com que crescesse de forma exponencial. Por volta de 1993 iniciou-se sua utilização comercial e com a política então vigente de distribuição de IPs imaginou-se, então, que os mesmos poderiam esgotar-se em dois ou três anos.
O espaço de endereçamento do IPv4 não é pequeno. Cada endereço é um número com 32 bits, o que significa que existem 4.294.967.296 endereços, mas a política inicial de distribuição desses endereços não foi muito adequada, dividindo-os em classes. Havia 3 classes de endereços:
  • Classe A: Consistia em 128 blocos de endereços, cada um com aproximadamente 16 milhões deles.
  • Classe B: Consistia em 16 mil blocos, cada um com 64 mil endereços, aproximadamente.
  • Classe C: Consistia em 2 milhões de blocos, cada um com 256 endereços.

A classe A, por exemplo, atenderia apenas a 128 instituições, mas sozinha consumia metade dos recursos disponíveis. Isso era um grande desperdício! Várias instituições como a IBM, o MIT, a HP, a Apple, entre outras, receberam esse tipo de bloco para utilizar. As outras classes tampouco representavam adequadamente as necessidades das redes conectadas à Internet, sendo grandes demais ou pequenas demais.
Essa política de classes foi responsável por um grande desperdício de recursos, nos primórdios da Internet, e essa é uma das razões pelas quais os novos endereços IP estão terminando. Ela foi, contudo, modificada em 1993, com a adoção do CIDR (Classless Inter-Domain Routing). Com o CIDR o tamanho dos blocos alocados para cada rede passou a corresponder à real necessidade das mesmas.
Apesar da adoção do CIDR e de outros fatores terem diminuido a demanda por novos endereços, essa demanda continua grande. A Internet continua a crescer exponencialmente, com a conexão de novas empresas, instituições e pessoas à rede. Fatores como a inclusão digital e as tecnologias 3G, entre muitos outros, contribuem para esse crescimento. Por isso os endereços estão terminando.
Ao se perceber o iminente esgotamento dos números IP, quando se iniciou a utilização comercial da Internet, por volta de 1993, imediatamente o desenvolvimento de uma nova geração do Protocolo Internet começou. Essa nova geração deveria ser a solução definitiva para o problema e, de fato, esse desenvolvimento resultou no que hoje conhecemos por IPv6.
O desenvolvimento de um novo protocolo, no entanto, requer tempo e recursos consideráveis. Então, outras soluções tecnológicas, paliativas, foram também adotadas no curto prazo. Essas novas tecnologias, nomeadas a seguir, permitiram a redução da demanda por novos endereços, e a racionalização na forma como eles eram distribuídos, adiando assim seu esgotamento.
Entre as tecnologias relevantes, pode-se citar:
  • CIDR (Classless Inter Domain Routing): É o roteamento sem uso de classes, descrito pela RFC 1519. Com o CIDR foi abolido o esquema de classes, permitindo atribuir blocos de endereços com tamanho arbitrário, conforme a necessidade. O CIDR permitiu um uso mais racional dos endereços disponíveis. Além disso, o CIDR permitiu também a agregação de informação nas tabelas de roteamento, que cresciam exageradamente, outro fator que contribuiu para possibilitar a continuidade do crescimento da rede.
  • Endereços privados: A RFC 1918 especificou endereços privados, não válidos na Internet, que poderiam ser utilizados, por exemplo, nas redes corporativas.
  • NAT (Network Address Translation): O NAT permitiu que redes, utilizando-se de endereços privados, se conectassem à Internet. Com o NAT, basta um endereço válido na Internet, para conectar, de forma limitada, toda uma instituição.
    Essa solução é largamente utilizada e chega-se a questionar seu caráter paliativo, no entanto, o NAT traz uma série de problemas: ele acaba com o modelo de funcionamento fim a fim (peer to peer), trazendo complicações ou impedindo o funcionamento de uma série de aplicações, como por exemplo aplicações de voz sobre IP baseadas em SIP; ele não escala bem, pois exige processamento pesado; ele não funciona com IPsec; ele funciona como um stateful firewall, dando uma falsa sensação de segurança a muitos administradores de rede e colaborando para a não adoção de boas práticas de segurança nas empresas; entre outros.
  • DHCP (Dynamic Host Configuration Protocol): Descrito pela RFC 2131, esse protocolo permite a alocação dinâmica de endereços IP, o que trouxe a possibilidade aos provedores de reutilizarem endereços Internet fornecidos a seus clientes para conexões não permanentes, como as realizadas através de linhas discadas ou ADSL.
O estoque da IANA, o estoque central, acabou em 2011. Já o estoque do LACNIC/NIC.br acabou em 2020.
Os endereços no IPv4 são representados internamente nos computadores com números de 32 bits. Isso significa que há um total de 4.294.967.296 endereços possíveis. Alguns desses endereços não estão efetivamente disponíveis, porque têm usos especiais. É o caso do bloco de endereços reservado para multicast (um tipo especial de roteamento de pacotes utilizado em algumas aplicações), ou ainda dos blocos reservados para os endereços privados.
No IPv6, os endereços são representados por números de 128 bits. Isso significa que há 340.282.366.920.938.463.463.374.607.431.768.211.456 endereços, o que representa cerca de 79 trilhões de trilhões de vezes o espaço disponível no IPv4. Esse número equivale a cerca de 5,6 x 10^28 (5,6 vezes 10 elevado a 28) endereços IP por ser humano, ou ainda, aproximadamente, 66.557.079.334.886.694.389 de endereços por centímetro quadrado na superfície da Terra.
Metade dos 128 bits, no entanto, está reservada para endereços locais numa mesma rede. Isso significa que somente 18.446.744.073.709.551.616 redes diferentes são possíveis.
A grande quantidade de endereços é capaz de atender às necessidades da Internet no futuro imaginável. Ela facilita também o processo de atribuição dos números dentro das redes permitindo, por exemplo, a configuração automática dos endereços IP com base no endereçamento físico das placas de rede.
No estoque central e na américa latina, nenhum. Existe apensa uma fila de espera
Não existe uma “data da virada”. Não vamos, por ora, migrar de IPv4 para IPv6. Vamos, isso sim, implantar o IPv6 na Internet, mas o IPv4 continuará, também, em funcionamento.
Fala-se normalmente de implantação do IPv6, e não de migração. Na verdade, a médio ou longo prazo temos realmente uma migração. Mas a curto prazo, temos a implantação do IPv6 e de técnicas de transição. Evita-se usar a expressão migração para evitar confusão no curto prazo. Não se vislumbra no curto prazo a desativação do IPv4.
O termo técnico utilizado para a nova situação da Internet e das redes em geral é dual-stack. IPv6 e IPv4 funcionarão em conjunto certamente por alguns anos, talvez por muitos, antes do IPv4 ser desativado.
A “Internet IPv6″ está nascendo à partir da “Internet IPv4″. Ou seja, o mesmo computador que hoje é visível e acessível apenas através da “Internet IPv4″, uma vez que tenha acesso ao IPv6, estará também na “Internet IPv6″. Então, mesmo que tecnicamente sejam dois espaços de endereçamento separados, a Internet é uma só. As redes que compõem hoje a “Internet IPv4″ serão as que formarão a “Internet IPv4 + IPv6″ e, no futuro, a “Internet IPv6″.
O IPv6 não divide a Internet em 2.

O número 5 para os protocolos da camada Internet (camada 3) foi designado para o ST (Stream Protocol). Para entender melhor à questão, é necessário recorrer à história da Internet:

Nos primórdios da Internet, na década de 1970, quando as primeiras versões do IP foram criadas para a NSFnet (rede da National Science Foundation estadunidense), elas, na verdade, faziam parte do TCP. TCP e IP eram um único protocolo. Hoje eles têm diferentes funcionalidades: o IP cuida do endereçamento e do encaminhamento dos pacotes de dados de um computador para o outro, enquanto o TCP cuida para que os dados cheguem sem erros, e cheguem à aplicação correta no computador. No final da década de 1970 os engenheiros envolvidos perceberam que essas eram muitas tarefas para um só protocolo e resolveram separá-los. Assim, em setembro de 1981, foi padronizado o IP, na RFC 791, juntamente com o TCP, na RFC 793. Essa versão de IP, foi a primeira versão padronizada pelo IETF, mas já era a quarta versão do protocolo, então recebeu o número 4.

O Stream Protocol é o protocolo cujo número de versão é 5. Ele não é compatível com o IP, com exceção justamente do campo de versão, que consiste nos primeiros bits de informação do pacote de dados, já que foi criado também para uso em redes ou na Internet. Sua função seria o envio de voz e vídeo via rede, como uma alternativa ao IP. O ST começou a ser desenvolvido também na década de 1970, mas a primeira vez que foi padronizado pelo IETF foi com a RFC 1819, em 1979. Ele chegou a ser utilizado comercialmente, mas hoje não está mais em uso. Alguns dos conceitos do protocolo, no entanto, são utilizados no MPLS.

O IPng (Internet Protocol New Generation), que resultou no desenvolvimento do IPv6, teve várias propostas de protocolos. Dentre elas o CATNIP (RFC 1707), o PIP (RFC 1622) e o TUBA (RFC 1347), que receberam também números de versão. O SIPP (RFC 1710) foi a proposta que transformou-se no IPv6 (RFC 2460).

Versões dos protocolos na camada Internet

versãonomedataestado
0 IP Março de 1977 não padronizado pelo IETF
1 IP Janeiro de 1978 não padronizado pelo IETF
2 IP Fevereiro de 1978 v.A  não padronizado pelo IETF
3 IP Fevereiro de 1978 v.B  não padronizado pelo IETF
4 IPv4 Setembro de 1981 em uso
5 ST Setembro de 1979 em desuso
6 IPv6 Dezembro de 1998 em uso
7 CATNIP  Outubro de 1994 em desuso, depreciado
8 PIP Maio de 1994 em desuso, depreciado
9 TUBA
Junho de 1992 em desuso, depreciado
10-15 alguns foram atribuídos mas estão desuso, outros não foram padronizados

Gestores, Gerentes, Administradores, Diretores.

Se a Internet é, hoje, de alguma forma, importante para sua empresa, então o IPv6 também é.
A implantação do IPv6 é fundamental para que a Internet continue a existir, a crescer e a evoluir sem obstáculos.
Sim.
O pessoal de TI deve ser treinado. Um plano de implantação deve ser elaborado. Alguns equipamentos poderão ter de ser trocados e, em outros, poderão ser necessários upgrades de software. Alguns softwares terão de ser adaptados. Tudo isso envolve custos.
Acreditamos, contudo, que se a implantação for planejada com a antecedência necessária, os custos serão muito baixos.
Boa parte dos investimentos necessários (em pesquisa, testes, e em suporte ao protocolo nos principais softwares e equipamentos, por exemplo) já foi feito por outros.
A razão principal para a implantação do IPv6 é que o IPv4 não suporta mais o crescimento da Internet. Ou seja, o que se quer é garantir a continuidade dos benefícios que a Internet tem trazido para as empresas, e para toda a sociedade.
Ainda assim, é importante notar que o alguns avanços:
  • O NAT não terá mais de ser utilizado, e isso simplificará o projeto e o gerenciamento das redes. A quantidade abundante de endereços e os mecanismos de auto-configuração são outros fatores que também colaboram nesse sentido.
  • A possibilidade de conectividade fim a fim, sem o uso de NAT, facilita também a criação de programas de computador que usem a Internet para se comunicarem. Aplicações como vídeo conferências e voz sobre IP, por exemplo, ficarão bem mais simples e funcionarão melhor.
  • Os recursos de mobilidade do IPv6, permitirão que dispositivos portáteis funcionem bem e ininterruptamente, mesmo quando o usuário está em trânsito e tem de conectar-se através de diferentes redes.
  • Com o uso de IPSec a criação de VPNs e o acesso seguro aos recursos da corporação, para funcionários em trânsito, será facilitado.
  • O novo formato do protocolo permitirá construir redes com desempenho superior e melhor controle sobre a qualidade de serviço.
  • Será mais simples ter mais de um provedor Internet.

Acredita-se que novas aplicações, algumas inovadoras, surgirão à partir desses avanços. Perceba também que, ao implantar o IPv6, sua empresa estará se beneficiando de aproximadamente 15 anos de pesquisa e desenvolvimento, que resultaram no que hoje é o protocolo.
Quanto mais cedo a questão for entendida, e a implantação planejada, menores serão os gastos no processo.
O ideal, então, é começar já.
  • Discutir a questão internamente, para que todos tomem conhecimento.
  • Incentivar o pessoal técnico a aprender sobre o IPv6. Incentivar experimentos internos com IPv6.
  • Criar uma norma interna, estabelecendo que novos equipamentos ou softwares comprados, ou serviços contratados, devem suportar IPv6. (Cuidado aqui, pois pode não ser suficiente dizer “tem de ter IPv6″… Dependendo de suas necessidades específicas, determinadas funcionalidades do protocolo deverão ter de estar presentes, e podem não ser suportadas por um equipamento que supostamente funcione com IPv6. É preciso, então, conhecer bem tecnicamente o protocolo e as necessidades de sua corporação).
  • Fazer o planejamento da implantação.
Caso sua empresa esteja atrasada em relação ao resto do mundo na adoção do IPv6, pode ter problemas para usar determinados recursos na Internet. Boa parte desses recursos, provavelmente, será formada de aplicações novas, funcionando exclusivamente com IPv6. Se alguma dessas aplicações tornar-se importante para seus negócios, seus concorrentes, já conectados com IPv6, poderão ter uma vantagem competitiva importante.
Outro ponto a ser considerado é a oportunidade perdida de sua empresa desenvolver uma aplicação inovadora baseada no IPv6.
Há o risco, também, da própria implantação do IPv6 na Internet falhar, no sentido de que o esgotamento dos endereços v4 ocorra antes da larga disseminação do v6. Se isso acontecer, os custos de implantação de novas redes ligadas à Internet pode aumentar. O uso de NAT também aumentará, dificultando o gerenciamento da rede e a criação de aplicações para comunicação fim a fim. Novas aplicações deixarão de ser desenvolvidas. Isso poderá ser bem negativo, não só para sua empresa, como para toda a sociedade.
Sim, para usuários corporativos. Praticamente todas as operadoras brasileiras já têm clientes operando com IPv6, embora muitas delas ainda não tenham incorporado o protocolo ao seu portfólio de soluções “de prateleira”.

Políticos, Legisladores e envolvidos com políticas públicas…

Vários governos têm incentivado a implantação do IPv6 na Internet, através do envolvimento de autoridades das áreas de comunicações, energia, ciência e tecnologia, educação, entre outras. Dentre as diversas ações tomadas, podemos citar as seguintes:
  • Apoio a projetos de pesquisa sobre IPv6, e a projetos para a disseminação do novo protocolo.
  • Criação de normas para aquisição de equipamentos e serviços, na esfera administrativa, com suporte obrigatório a IPv6.
  • Implantação do IPv6 nas redes e serviços Internet do governo.
  • Incentivos fiscais à adoção do IPv6.
Sim, é essencial.
Apesar do IPv6 trazer benefícios, estes não são visíveis a curto prazo, nem para as empresas e usuários finais em geral, nem para os provedores de Internet. Não obstante, a implantação do IPv6 é inevitável.
As autoridades do governo tem condições de colaborar para a adoção do novo protocolo na Internet:
  • implantando IPv6 nas redes do governo e
  • criando incentivos para a implantação do IPv6
  • 1 – Discutir e entender a questão.
  • 2 – Estabelecer que novos equipamentos, softwares e serviços usados nas instituições do governo devem ser compatíveis com IPv6.
  • 3 – Planejar a implantação, estabelecendo metas claras e tangíveis.
  • 1 – Usuários Internet podem ficar sem acesso a novos sítios e serviços, baseados em IPv6.
  • 2 – Pode haver um aumento no custo de conexão à Internet, por conta da necessidade de adquirir IPs (v4) a preços elevados, ou por conta de manter estruturas complexas de conversão de endereços (NAT e similares) em escala muito maior do que o que é feito hoje.
  • 3 – Custo de oportunidade: o IPv6 traz novas possibilidades de serviços e negócios, que não poderão ser aproveitadas pelas empresas brasileiras.
  • 4 – Perda de competitividade, porque a infra-estrutura Internet do restante do mundo estará muito melhor em termos de qualidade, desempenho e segurança.
  • 5 – Dificuldade de implantar programas de inclusão digital, por conta da dificuldade de interligar novas redes à Internet.
  • 6 – Dificuldade de implantar redes de nova geração, como serviços 3G, pela falta de IPs.

Questões de usuários domésticos.

A implantação do IPv6 deve ser transparente. Ou seja, se tudo der certo, pouca coisa mudará: seu computador será configurado automaticamente, a Internet continuará a funcionar e a evoluir, e você notará, com o passar do tempo, mais aplicações facilitando a comunicação fim a fim entre as pessoas, como as de video conferência e colaboração, entre outras.
Algumas coisas serão mais fáceis. Por exemplo, se você tem uma pequena rede na sua casa, com diversos computadores ou ainda com outros dispositivos, cada um deles terá um endereço IP fixo e válido na Internet. Isso significa que você não precisará mais que um computador ou roteador seja responsável pelo compartilhamento da conexão (tecnicamente, chamamos isso de NAT – Network Address Translation).
Com os IPs válidos, ficará mais simples acessar os dispostivos remotamente, de forma segura. Você poderá, por exemplo, utilizar sua impressora doméstica do computador de seu serviço, se assim o desejar. Alguns outros equipamentos em sua casa poderão também ser ligados à Internet, como fogões, geladeiras, cafeteiras, lâmpadas, câmeras de vigilância, etc; dessa forma você poderá controlá-los ou visualizar seu estado à distância.
Neste sítio Internet (https://ipv6.br) você vê, na parte superior direito da página, um validador com carinhas verdes e vermelhas. Se aparecer uma carinha verde na parte do IPv6, você já está usando IPv6 :)
O IPv6 dá a seu computador um novo endereço, uma nova de ser encontrado na Internet. E mesmo que seu provedor Internet não ofereça IPv6, o seu computador poderá criar automaticamente um “túnel” para conectá-lo à Internet IPv6.
Em muitas empresas e redes domésticas, os computadores não usam endereços IPv4 válidos na Internet. Eles dependem de um serviço chamado NAT, que compartilha um único endereço válido para muitos computadores, para conseguir comunicar-se. Computadores usando NAT não podem ser contactados de forma trivial por outros computadores na Internet.
Entenda que com o IPv6 não há mais NAT. Seu computador estará na Internet “de verdade”. Ele poderá comunicar-se com outros computadores na rede e vice-versa.
Ok… Mas isso deixa ou não o computador vulnerável, inseguro?
Seu computador, de forma geral, não estará mais inseguro do que antes se você estiver com o seu Sistema Operacional atualizado, e utilizando um firewall. Outras medidas de segurança, como uso de anti-vírus, anti-spyware, cuidados com sítios web e e-mail maliciosos, devem continuar a ser tomadas. Consulte a Cartilha de Segurança do CERT.br: https://cartilha.cert.br/.
Se você estiver utilizando um Sistema Operacional sem os updates de segurança, ou estiver com o firewall desligado, o IPv6 pode, sim, deixá-lo mais inseguro, porque cria um novo caminho para chegar até seu computador. Veja, no entanto, que se você estiver nessa situação, você já tem problemas muito sérios de segurança, com ou sem IPv6. O NAT, por si só, não é um mecanismo de proteção eficaz.
Em 99,99% dos casos não. O desempenho do IPv6 é semelhante ao do IPv4.
Um conjunto de fatores em conjunto pode levar a isso, contudo: se você não tiver IPv6 nativo, estiver usando um sistema operacional antigo e desatualizado, e versões de navegadores Internet antigas. Nesse caso, seu computador pode tentar usar uma tecnologia de túneis automáticos já obsoleta que, para um número muito pequeno de usuários, causa problemas.
Se você utiliza Windows Vista, Linux, ou Mac OS X, o IPv6 está ativado por padrão.
Se você utiliza Windows XP, digite ipv6 install no prompt de comando.
Para usuários domésticos os provedores entregarão blocos que entre /64 e /56. Essa é uma nomenclatura técnica, baseada no número de bits do endereço.
Para pequenas empresas, os provedores entregarão normalmente blocos de IPs com tamanho variando entre /56 e /48, dependendo de suas políticas e da configuração de sua rede.
Em termos simples, um /48 significa que você poderá ter configuradas 65.536 redes, cada uma com 18.446.744.073.709.551.616 de endereços diferentes. Um /56 significa que são possíveis 256 redes diferentes, cada uma com os mesmos 18.446.744.073.709.551.616 endereços. E um /64 significa uma única rede. Com um bloco /64 você não poderá dividir sua rede em vários segmentos, mas ainda assim poderá ter até 18.446.744.073.709.551.616 endereços (e equipamentos diferentes) nela conectados.
Veja que essa quantidade aparentemente absurda de endereços disponíveis em cada rede tem uma razão de ser: ela facilita a atribuição automática do número IP para seu computador, baseada no número (endereço físico, ou MAC address) da placa de rede.
Provavelmente não. O hardware de seu computador não muda, e os sistemas operacionais mais modernos, como o Windows XP, o Windows Vista, MacOS X, FreeBSD e Linux, já suportam o IPv6.
Se o seu computador só suporta sistemas operacionais mais antigos, como o Windows 98, poderá ser necessária a troca ou upgrade, ou então a instalação de um sistema operacional alternativo, como o Linux, ou o FreeBSD.
Você poderá ter problemas com alguns softwares específicos, que talvez não funcionem ainda com IPv6 em suas versões atuais… Alguns deles deverão sofrer upgrades, outros, talvez, tenham de ser substituidos por alternativas.
O hardware do seu computador sim, suporta IPv6. Você não terá de trocar nenhum componente interno para que seu computador funcione com IPv6. Pode ser necessária, contudo, a troca do modem, caso você use um acesso ADSL ou Cable.
Quanto ao software:
  • Se você usa: Windows Vista, Windows XP, Windows 2000, FreeBSD, MacOS X ou Linux, sim.
  • Se você usa: DOS, Windows 95 ou Windows 98, não, você terá de trocar o sistema operacional.
Não, o nível de segurança é aproximadamente o mesmo.
Sim, provavelmente. A maioria dos modems ADSL/Cable hoje instalados não suporta IPv6.
  • A Internet funcionando, crescendo e evoluindo.
  • Endereços IP válidos e fixos, em quantidade suficiente para usar em seus computadores e em outros dispositivos.
Sim, há alguns provedores pequenos, fora das grandes capitais, oferecendo IPv6 há algum tempo. Alguns dos provedores maiores já estão fazendo testes de campo em determinadas regiões. Mas, para a grande maioria dos usuários domésticos, ainda não é possível obter conectividade via IPv6.
Para usuários corporativos já há alternativas.
Não. Os provedores fornecerão endereços e trânsito IPv6, juntamente com o IPv4, sem cobrar a mais por isso.
Sim, alguns. Este por exemplo!
Além de outros, como Google, Yahoo!, Facebook, Bing, Terra, UOL, etc.
Pergunte a seu provedor Internet se ele já tem planos para implantar o IPv6.

Provedores de Internet.

Sim, quase todos já têm clientes com IPv6. Embora muitos ainda estejam acertando seus sistemas e processos internos, e não tenham o IPv6 como solução “de prateleira”. As vezes é preciso insistir um pouco, e explicar ao gerente de contas o que é o IPv6. Ainda há regiões, contudo, onde não há oferta.
Os blocos IPv6 no Brasil são designados pelo NIC.br através do Registro.br. O processo simples e rápido: consiste em preencher um formulário e enviá-lo por email.
Informações sobre o processo, regras e custos podem ser obtidas na página:
https://registro.br/provedor/numeracao/

ou pelo email:

numeracao@registro.br
As alocações mínimas para provedores atualmente são de grandes blocos (/32).
Um bloco /32 é capaz de atender a um total de:
  • 4.294.967.296 redes /64, ou
  • 16.777.216 redes /56, ou ainda
  • 65.536 redes /48.

Os usuários finais que buscam alocações PI (provider independent) podem receber blocos variando entre /48 e /32, conforme a necessidade.
Existem um compromisso entre o tamanho dos blocos alocados e o tamanho da tabela de roteamento. Blocos pequenos demais são inviáveis.
Usuários móveis devem receber /64.
Usuários domésticos entre /64 e /56. Preferencialmente redes maiores do que /64, para permitir a subdivisão.
Usuários corporativos devem receber blocos /48, ou maiores, se necessário.
Com um bloco /48, um cliente pode subdividir sua rede em 65.536 redes diferentes (/64).
Com um bloco /56, o número de redes possíveis /64 é de 256.